domingo, 25 de maio de 2014

Obeso bate "junk food" no liquidificador para enganar balão no estômago

Essa reportagem é pra vc que acha que a cirurgia é um milagre e funciona pra todo mundo. Os desafios são enormes e, depois de operado, não dá mais pra voltar!

McDonnell com 200 quilos.
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Desde criança, a vida do enfermeiro britânico Chris McDonnell, de 31 anos, resume-se a "comer e respirar". "Tentei fazer dieta milhares de vezes, mas eu amo comida", ele diz. "Comer é a coisa mais importante da minha vida." Habituado a uma dieta de nada menos que 15 mil calorias por dia, Mc Donnell atingiu, aos 24 anos, 190,5 quilos.
Há cinco anos, ele foi submetido a uma cirurgia para redução do estômago. Nos dois anos seguintes à intervenção cirúrgica, McDonnell emagreceu 80 quilos, o equivalente à metade de seu peso anterior. Passou ainda por algumas cirurgias para remoção do excesso de pele e, mais recentemente, para a inclusão de um balão no estômago.  Após as intervenções cirúrgicas, o enfermeio diz que ficou irreconhecível. "O resultado apareceu muito rápido", diz ele. Seu corpo estava mudado. Seu vício em comida, não.
"Queria ser magro e, ao mesmo tempo, conseguir comer o tanto que comia antes", diz McDonnel. "Ficava muito frustrado em ver meus amigos comendo um kebab inteiro e eu não aguentar comer mais que algumas mordidas. Aquilo me deixava muito decepcionado." O enfermeiro chegou a procurar seu médico duas vezes para pedir que tirasse o balão de seu estômago, para que ele conseguisse voltar a comer como antes.

Um kebab batido no liquidificado!

Há um ano, ele adotou uma estratégia para "enganar" o balão que tem no estômago e poder comer sem vomitar. Para alimentar o vício, o enfermeiro passou a bater comidas altamente gordurosas e calóricas, como hambúrgueres, kebabs, pizzas, barras de chocolate e batatas-fritas, no liquidificador, já que tem mais facilidade para digerir alimentos líquidos. O "truque" funcionou. Desde então, ele engordou mais 60 quilos.
Para McDonnell, a cirurgia bariátrica não resolveu seu problema contra a obesidade porque seu vício em alimentos gordurosos não foi tratado. "O meu problema [de obesidade] não está no meu estômago, mas no meu cérebro", afirma o enfermeiro ao jornal britânico Mirror. "Tenho certeza de que não sou o único paciente que passou pela redução de estômago que volta a comer como antes."
Após a divulgação do caso na internet, choveram críticas a McDonnell, pois sua cirurgia bariátrica fora custeada pelo governo do Reino Unido. "Se eu tivesse de pagar pela cirurgia, teria de desembolsar £9.000 (o equivalente a R$ 33,5 mil). Não acho errado o governo ter arcado com minha operação, pois trabalho desde os 16 anos de idade e sempre paguei meus impostos."


Tirei a reportagem daqui.

2 comentários:

  1. Por isso o tratamento Psicológico e Nutricional é tao importante quanto a cirurgia em si... Precisamos aprender a comer antes na nossa cabeça e depois no estomago!!!
    Adoreeei o blog.. Bjus

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  2. Puxa...estou nesse exato momento aguardando minha última consulta antes da cirurgia e tenho certeza: não quero isso aí pra mim e estou melhor que muita gente.

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